Manuel Alegre
Autore di Cão Como Nós
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Opere di Manuel Alegre
As Naus de Verde Pinho Viagem de Bartolomeu Dias contada à minha filha Joana (Portuguese Edition) (1996) 12 copie
Livro do Portugues errante 2 copie
Rafael 2 copie
Babilónia 1 copia
30 anos de Poesia 1 copia
POESIA VOL.2 1 copia
POESIA VOL.1 1 copia
Poesia [Paperback] Manuel Alegre 1 copia
Nova do Achamento 1 copia
Chegar Aqui Livro 1 1 copia
O homem do paÃs azul : contos 1 copia
Eu Quero Saber - As Artes 1 copia
Coisa Amar (coisas do mar 1 copia
Um barco para Itaca 1 copia
A terceira rosa 1 copia
BABILÓNIA 1 copia
Com que Pena 1 copia
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Informazioni generali
- Data di nascita
- 1936-05-12
- Sesso
- male
- Nazionalità
- Portugal
- Luogo di residenza
- Águeda, Portugal (birth)
- Premi e riconoscimenti
- Prémio Pessoa (1999)
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Statistiche
- Opere
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- Utenti
- 339
- Popolarità
- #70,285
- Voto
- 3.9
- Recensioni
- 7
- ISBN
- 77
- Lingue
- 3
Estou ainda a pensar “Como hei de falar deste livro?” Um livro tão pequeno e, ao mesmo tempo, com tantas histórias e vida lá dentro!
É um livro pequeno porque, segundo o próprio autor, estas coisas da escrita são como o jogo de escondidas que joga com os netos, em que muito se quer dar a mostrar e outro tanto se esconde e, apesar de escondido, anseia-se por se ser descoberto.
Numa espécie de “ziguezague” narrativo, entre os vários momentos da sua vida, o narrador/autor vai revelando e entrelaçando acontecimentos. Conta-nos do menino que pregava pregos numa tábua, mas que, afinal, é ele próprio, que engoliu os comprimidos do avô, que caçava narcejas, que se sentia nu quando o obrigavam a vestir manga curta, que contava sílabas pelos dedos, que tamborilava com os dedos todos os ritmos da vida, que decidiu continuar Os Lusíadas, que veio com a equipa de natação da Académica à inauguração da Piscina Municipal do Fundão… A par disto, vai-nos contando sobre os poetas que lê; os que conheceu, como Sophia de Mello Breyner Andresen e Miguel Torga. Narra a sua passagem pela guerra colonial, quando foi preso pela PIDE; o momento em que, devido a uma artéria bloqueada, esteve entre a vida e a morte e o único pedido que fez foi acabar o romance que andava a escrever, “o livro da vida”, “o pulsar do mundo a bater no coração de um homem, é isso a escrita”.
Estes são fragmentos da história de vida de um escritor que confessa que pouco ou nada sabe de literatura, mas “sabe da respiração da terra, que essa, sim, tem a ver com o ritmo e a respiração da escrita”.
Muitos outros excertos mereceriam destaque, mas prefiro deixar a sugestão de leitura. Deixem-se cativar, como eu me cativei, por este miúdo que pregava pregos numa tábua e surpreendam-se com esta novela, onde se respira poesia, ritmo e vida.… (altro)