An unfiltered semi-autobiographical novel about navigating the challenges of growing up in a dysfunctional family during the great Depression, “Ham on Rye” is gritty and uncompromising. It explores themes of alienation, the brutality of adolescence, and the longing for identity. The dark humor in it all is that life is mundane as a ham on rye sandwich. Bukowski doesn't shy from depicting the uglier aspects of life, giving readers a visceral and uncomfortable experience. The novel also delves into the impact of societal expectations and norms on an individual, particularly one who doesn't fit the conventional mold. Ham on Rye is raw, honest, storytelling. ( )

Cada frase deste livro é clara, intensa, incisiva e objetiva. Atinge com uma vasta gama de emoções.
Há situações engraçadas e outras que nos fazem estremecer, momentos de ternura e outras carregadas de sofrimento.

“ʏᴏᴜ ᴀʀᴇ ᴛʜɪʀᴛʏ ᴍɪɴᴜᴛᴇꜱ ʟᴀᴛᴇ."
"ʏᴇꜱ."
"ᴡᴏᴜʟᴅ ʏᴏᴜ ʙᴇ ᴛʜɪʀᴛʏ ᴍɪɴᴜᴛᴇꜱ ʟᴀᴛᴇ ᴛᴏ ᴀ ᴡᴇᴅᴅɪɴɢ ᴏʀ ᴀ ꜰᴜɴᴇʀᴀʟ?"
"ɴᴏ."
"ᴡʜʏ ɴᴏᴛ, ᴘʀᴀʏ ᴛᴇʟʟ?"
"ᴡᴇʟʟ, ɪꜰ ᴛʜᴇ ꜰᴜɴᴇʀᴀʟ ᴡᴀꜱ ᴍɪɴᴇ ɪ'ᴅ ʜᴀᴠᴇ ᴛᴏ ʙᴇ ᴏɴ ᴛɪᴍᴇ. ɪꜰ ᴛʜᴇ ᴡᴇᴅᴅɪɴɢ ᴡᴀꜱ ᴍɪɴᴇ ɪᴛ ᴡᴏᴜʟᴅ ʙᴇ ᴍʏ ꜰᴜɴᴇʀᴀʟ.”

Conhecemos o alter-ego de Bukowski, Henry Chinaski.
Chinaski não quer saber das lutas dos outros; da moral com que vivem; não quer saber de ninguém, apenas de si próprio.
Com a sua infância de treta, a sua inadaptação e a sua falta de vontade de "ser alguém", Chinaski é uma personagem que muitos se identificam.

“ᴇᴠᴇʀʏᴛʜɪɴɢ ᴇʟꜱᴇ ᴊᴜꜱᴛ ᴋᴇᴘᴛ ᴘɪᴄᴋɪɴɢ ᴀɴᴅ ᴘɪᴄᴋɪɴɢ, ʜᴀᴄᴋɪɴɢ ᴀᴡᴀʏ. ᴀɴᴅ ɴᴏᴛʜɪɴɢ ᴡᴀꜱ ɪɴᴛᴇʀᴇꜱᴛɪɴɢ, ɴᴏᴛʜɪɴɢ. ᴛʜᴇ ᴘᴇᴏᴘʟᴇ ᴡᴇʀᴇ ʀᴇꜱᴛʀɪᴄᴛɪᴠᴇ ᴀɴᴅ ᴄᴀʀᴇꜰᴜʟ, ᴀʟʟ ᴀʟɪᴋᴇ. ᴀɴᴅ ɪ'ᴠᴇ ɢᴏᴛ ᴛᴏ ʟɪᴠᴇ ᴡɪᴛʜ ᴛʜᴇꜱᴇ ꜰᴜᴄᴋᴇʀꜱ ꜰᴏʀ ᴛʜᴇ ʀᴇꜱᴛ ᴏꜰ ᴍʏ ʟɪꜰᴇ.”

'Pão com Fiambre' acompanha Henry desde uma infância marcada por abusos e isolamento, passando pelo turbilhão da adolescência até à idade adulta.

Nascido na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, muda-se com a família para Los Angeles. Os Chinaski são pobres como muitos durante os anos da depressão e o jovem Henry cresce com uma personalidade rude devido, em grande parte, à ostracização social e ao pai violento.
É preguiçoso, deprimido, maldoso, negativista.
O pai batia-lhe sem motivo. A mãe nunca o protegeu. O seu mundo era tão duro, pobre, sem um lugar seguro para assentar, sem uma luz ao fundo do túnel.
Ao mesmo tempo, não podemos deixar de simpatizar com o rapaz, uma vez que percebemos a razão pela qual se tornou na pessoa que é - nunca teve carinho.

A sua adolescência foi particularmente dolorosa em virtude do seu acne excessivo. Era de tal forma grave que teve de se submeter a tratamentos médicos penosos, factos que relata com uma franqueza surpreendentemente encorajadora.
É tratado como um forasteiro, um desajustado.

A violência é o caminho mais fácil ao qual pode recorrer.
Henry perde mais lutas do que ganha, e as suas descrições de fracasso soam a verdade para qualquer pessoa habituada a essa experiência.
Vive numa terra onde os sonhos são destruídos, qualquer sentido de autoestima é esmagado desde o início e até o mais pequeno vestígio de bondade é lentamente suprimido.

“ɪ ʜᴀᴅ ɴᴏ ɪɴᴛᴇʀᴇꜱᴛꜱ. ɪ ʜᴀᴅ ɴᴏ ɪɴᴛᴇʀᴇꜱᴛꜱ ɪɴ ᴀɴʏᴛʜɪɴɢ. ɪ ʜᴀᴅ ɴᴏ ɪᴅᴇᴀ ʜᴏᴡ ɪ ᴡᴀꜱ ɢᴏɪɴɢ ᴛᴏ ᴇꜱᴄᴀᴘᴇ. ᴀᴛ ʟᴇᴀꜱᴛ ᴛʜᴇ ᴏᴛʜᴇʀꜱ ʜᴀᴅ ꜱᴏᴍᴇ ᴛᴀꜱᴛᴇ ꜰᴏʀ ʟɪꜰᴇ. ᴛʜᴇʏ ꜱᴇᴇᴍᴇᴅ ᴛᴏ ᴜɴᴅᴇʀꜱᴛᴀɴᴅ ꜱᴏᴍᴇᴛʜɪɴɢ ᴛʜᴀᴛ ɪ ᴅɪᴅɴ'ᴛ ᴜɴᴅᴇʀꜱᴛᴀɴᴅ. ᴍᴀʏʙᴇ ɪ ᴡᴀꜱ ʟᴀᴄᴋɪɴɢ. ɪᴛ ᴡᴀꜱ ᴘᴏꜱꜱɪʙʟᴇ. ɪ ᴏꜰᴛᴇɴ ꜰᴇʟᴛ ɪɴꜰᴇʀɪᴏʀ. ɪ ᴊᴜꜱᴛ ᴡᴀɴᴛᴇᴅ ᴛᴏ ɢᴇᴛ ᴀᴡᴀʏ ꜰʀᴏᴍ ᴛʜᴇᴍ. ʙᴜᴛ ᴛʜᴇʀᴇ ᴡᴀꜱ ɴᴏ ᴘʟᴀᴄᴇ ᴛᴏ ɢᴏ. ꜱᴜɪᴄɪᴅᴇ? ᴊᴇꜱᴜꜱ ᴄʜʀɪꜱᴛ, ᴊᴜꜱᴛ ᴍᴏʀᴇ ᴡᴏʀᴋ. ɪ ꜰᴇʟᴛ ʟɪᴋᴇ ꜱʟᴇᴇᴘɪɴɢ ꜰᴏʀ ꜰɪᴠᴇ ʏᴇᴀʀꜱ ʙᴜᴛ ᴛʜᴇʏ ᴡᴏᴜʟᴅɴ'ᴛ ʟᴇᴛ ᴍᴇ.”

Encontra consolo na escrita. Lê de tudo. A biblioteca tornou-se uma salvação.
Ficou fascinado com a possibilidade encontrada nas palavras dos outros e com a capacidade de cura que a prática de leitura pode oferecer.
Possui uma natureza protetora em relação aos animais e outros seres vulneráveis.
Chinaski o verdadeiro tipo rude com o coração de um poeta.

A realidade é que Charles Bukowski foi um poeta e escritor brilhante. A sua desilusão com a vida e com as pessoas. A sua recusa em conformar-se. A sua voz tem eco para muitos.
Apesar de toda a miséria avassaladora, este é também um livro extremamente divertido e estimulante.

Tenciono ler os outros registos de Henry Chinaski. ( )

Charles Bukowski is one of my favourite of the twentieth century. Bukowski black humour, nihilism, maybe, humorous without principles, living an early life of darkness shaped by his father and getting beaten up by everyone. It was a great read. I laughed a lot, and finished the book in 2 days ( )

I enjoyed the hell out of this book. A must read. ( )

I adored this book. I haven't read the Beats seriously since I was in my early twenties; my few attempts to return to the well have been unsatisfying. But this book was magnificent. Somehow I hadn't read it before, even though I've got Mockingbird Wish Me Luck on my limited shelves.

I'd forgotten all about that outsider spirit that I used to have - the sense that society didn't really want much to do with the likes of me and that most people lead pretty narrow, constrained little lives and it takes serious energy, effort and insight to break out of that - but this book brought it all back. I was never tough, but I was gay and smart and passionate about literature and I really did feel like I was on the outside looking in at society.

The narrator and protagonist, Henry Chinaski, is a brilliant character. He's acerbic and misanthropic and absolutely uninterested in taking any conventional wisdom for granted. He tells his life story like he's an alien - baffled at everything he sees. The prose is witty, clear, energetic and has tremendous momentum. Every single character is unhinged, although Chinaski only likes the ones who are aware of it.

There's every chance reading this book has just happened to coincide with the beginning of my midlife crisis, but the evidence against that is I can see how little this "outsider" story applies to today. I don't think that what young people today need is to get in more fights and dabble in fascism. Nor do I find myself yearning for this simpler time. Instead, I am struck by the fact that a brilliantly specific setting - in this case a specific time, but in many other books it's a place - lends a universality to literature. The pervasiveness of the mood of the time (this book is mostly set in the Depression) is brilliantly realised. The characters seem to be both aware that they are living through something but also just getting on with the business of living. One day great literature will be written about now (if we make it far enough into the future), how we marched toward climate catastrophe, the rise of fascism and/or irreversible inequality with a simultaneous sense of outrage and resignation. ( )