E continua a agarrar-nos, não nos largando e a surpreender, talvez mais lentamente, mas não o deixa de fazer.
Daenerys casa com um Volanteno para conseguir trazer a paz para Meereen, mas nem tudo é o que parece. Maravilhoso é o seu voo de Dragão para permitir que venha a crescer como uma Raínha implacável. É isso que eu espero que aconteça em Winds of Winter.
Tyrion percorre uma viagem quase interminável, cai ao rio e será que apanha a Escamagris? E acaba a fazer um acordo com uma das companhias de mercenários que lhe garantirá a sobrevivência. Na guerra dos tronos é apenas isso que é necessário.
E Jon Snow. Quis voar tão alto e ser tão justo e correto, que acaba como Júlio César no senado. Que traição ingrata. Mas acredito que esta personagem resiliente nos surpreenda de novo no próximo volume. É impossível salvar Winterfell, trazendo todos os selvagens para dentro da Muralha e ainda conseguir manter a patrulha da noite controlada. São demasiadas variáveis em jogo e altamente incontroláveis e imprevisíveis.
A caminhada de Cersei tal como veio ao mundo pelas ruas de Porto Real para se expungir dos seus pecados é poderosíssima e deixa uma dúvida sobre como será a Cersei depois desta penitência/humilhação/transformação. Acho que será ainda mais cruel, mas veremos.
Os inúmeros candidatos e pretendentes a casarem com Daenerys são uma das partes mais estimulantes do livro, desde o seu amante mercenário Daario Naharis, a Victarion Greyjoy que vai fazendo o seu papel de "pirata" das ilhas de ferro, pois na sua viagem perde e reconquista navios como se fosse um jogo de batalha naval. Não esquecer Quentyn Martell que na sua ingenuidade tremenda joga com o fogo dos Dragões e queima-se.
Mas a luta por Winterfell é também fascinante com o Bastardo de Bolton a encenar um casamento com a falsa Arya perante todos os vassalos do Norte, para que seja visto como herdeiro legítimo e o exército de Stannis a avançar com todas as tribos das florestas do Norte. Mas o Inverno começa a sério e ficam a algumas léguas de Winterfell sem lá chegarem.
Mas mais interessante são as notícias contraditórias e sem confirmação do que terá realmente acontecido a Stannis.
Estou desejoso que chegue Winds of Winter.
( )

Não tenho muitas palavras para descrever este volume. No fundo digo sempre o mesmo, não é verdade? E nada de novo. Martin é genial. Leva-nos das lágrimas de tristeza às de alegria tão depressa como um relâmpago. Assim me junto ao grupo que espera ansiosamente pela continuação desta fantástica história, desejosa de saber como se unem todas estas pontas soltas. Porém, queixar-me disso seria tão inútil "como mamilos em placa de peito". De algo tenho a certeza... Algo de muito grande vem aí. E não é só o Inverno. ( )