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Recensioni

Wrinkler constrói sua interpretação de diferentes pontos importantes da filosofia de Berkeley, recorrendo, além opus, a documentos de época, diferentes edições dos Princípios e a obras influentes de Boyle, Malebranche e notadamente Locke. O problema é que, justamente, ao tornar essa filosofia mais plausível e defensável (ao menos xd assumirmos alguns compromissos sensatos ao séc. XVIII), alguma parte do que é fascinante e perplexizante é perdida. Assim, ao tratar ideas como objetos, a percepção de Deus como condição acompanhante do ato criador, sublinhar uma possível remissão paralela das ideias como objetos com a noção mais completa de objeto, e principalmente estabelecer Berkeley como um precursor fenomenalista, para o qual o que vale ser dito deve o ser a partir da experiência de cada um (cada mente)... enfim, deste modo, acaba complexificando, mas também diluindo o brilho daquele que poderia, em outras interpretações, ser identificado como um empirista tão radical que imaterialista até abrir caminho para o solipsismo idealista.

De todo modo, é um bom livro e os argumentos são bons. Sofre um pouco por ser difícil e nem sempre é possível seguir a argumentação sem uma atitude de estudo sério, de quem lê tomando notas.
 
Segnalato
henrique_iwao | Aug 30, 2022 |