Lygia Fagundes Telles (1923–2022)
Autore di The Girl in the Photograph
Sull'Autore
Telles was born in Sao Paulo and spent most of her childhood in the small towns of the state. She holds degrees in law and physical education and started publishing in the 1940s when she was very young. Since then, she has published three novels, a half dozen novellas, and seven short-story mostra altro collections. In 1969 she was awarded the Cannes Prix International des Femmes for her short story "Before the Green Masquerade." In 1973, The Girl in the Photograph won her various literary prizes. Today, she is considered one of the finest women writers in Brazil and is one of the few women elected to the Brazilian Academy of Letters. (Bowker Author Biography) mostra meno
Opere di Lygia Fagundes Telles
O Jardim Selvagem 3 copie
VENHA VER O PÔR DO SOL 3 copie
LITERATURA BRASILEIRA 1 copia
Sapato de saltos 1 copia
10 Contos Escolhidos 1 copia
Professor escritor 1 copia
Literatura Comentada 1 copia
Lygua Fagundes Telles 1 copia
21 contos pelo telefone 1 copia
A CONFISSÃO DE LEONTINA 1 copia
A ESTRUTURA DA BOLHA DE SABÃO 1 copia
MEUS CONTOS ESQUECIDOS 1 copia
NO RESTAURANTE SUMARINO 1 copia
Djevojke iz Sao Paula 1 copia
Opere correlate
Etichette
Informazioni generali
- Nome legale
- Fagundes, Lygia de Azevedo
- Data di nascita
- 1923-04-19
- Data di morte
- 2022-04-03
- Sesso
- female
- Nazionalità
- Brazil
- Nazione (per mappa)
- Brazil
- Luogo di nascita
- São Paulo, Brasil
- Luogo di morte
- São Paulo, Brazil
- Attività lavorative
- lawyer
fiction writer
columnist
screenwriter - Relazioni
- Telles Júnior, Goffredo (spouse | 1947-1960)
Salès Gomès, Paulo Emílio (spouse | 1963-his death) - Premi e riconoscimenti
- Prémio Camões (2005)
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Statistiche
- Opere
- 53
- Opere correlate
- 3
- Utenti
- 932
- Popolarità
- #27,551
- Voto
- 3.8
- Recensioni
- 15
- ISBN
- 96
- Lingue
- 9
- Preferito da
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Conto Solto — 4.5 Estrelas — 6pg
Inteligente e irônico desde o seu título, “Pomba Enamorada ou Uma História de Amor” é pura idealização, fantasia e delírio; da mais alta qualidade e técnica literária, em uma união de forma — um suspiro longo de (des)amor sem pausas — e conteúdo muito bem arquitetados. A escrita como um todo, na verdade, desde a decisão pela utilização do discurso indireto livre, a dicção e voz das personagens, as manias, coloquialismos e vícios de linguagem que o narrador vai pegando da protagonista, a optação pela fluidez — observada nas vírgulas e na pontuação de quase todas frases, o bloco barra parágrafo único, que engloba todo o conto (e que casa com o conceito da narrativa ser um suspiro narrativo escoante): é tudo tecnicamente soberbo.
Observem, por exemplo, o quanto a Lygia diz com poucas palavras, logo no comecinho:
O suor e tontura, a passividade e a abertura, a posição social da protagonista: todos esses aspectos vão reverberar e descambar sobre toda a narrativa de alguma forma; a paixão que a tonteia, o suor que representa suas peculiaridades e estranheza, o abrir-lhe dos braços e o sorriso que revela uma franqueza e exposição do desejo inconsumível: vai tudo se repetindo e escalando em proporções tragicômicas.
É arrebatadoramente bem escrito. A linguagem, como disse, preza pelo ritmo, no entanto, outro ponto muito interessa, é a voz, mas não a voz narrativa ou internalizada, a voz como aspecto físico mesmo, a Lygia consegue, de certa forma, emanar do texto as vozes das personagens: gritos em maiúsculas, comentários serenos entre parêntesis — que você sabe ser de um personagem, mas vem como se fossem uma vozinha no fundo do subconsciente; é um recurso interessante e inteligente que funciona muito bem.
Tem seis páginas, mais ou menos, portanto, não vou entrar no campo do enredo. Leia você mesmo. É, por alto, uma história de amor incorrespondido e idealizado; ao ponto de não poder nem mesmo mais ser chamado de “amor de juventude”, pois quando assim o chamamos, o fazemos de um ponto superior, rememorando-o: no caso da Pombinha, ela nada maturou, e ele ficou intocado, como o tempo não tivesse passado, é infantil e estranho, mas não completamente incompreensível. Um tipo de amor em que nega-se você mesmo em função do outro, elevado a décima potência.
Eu li o conto em uma mini-antologia que apresentava, percebi ao terminar, três modos diferentes de se narrar, e me fez atentar que a mera sequenciação e escolha de que contos seguem quais, já nos passam alguns significados e associações. Por exemplo, se "Pomba Enamorada" com sua narrativa fluída, com a sua simbiose de narrador e personagem, sempre prezando pela cadência da sequência de eventos, não fosse precedido do conto "Confissão" do Luiz Vilela, que literalmente não tem narração, é puro diálogo, direto, sem exposição ou descrição, eu provavelmente não teria me atentado tanto a esse aspecto do conto da Ligya. Entende?
Esse contraste salta aos olhos principalmente, pois, esse conto só de diálogo que citei, que supostamente deveria ser mais rápido, torna-se menos fluído, menos ágil e menos rítmico quando defronte do conto da Lygia, que não tem nem mesmo divisão de parágrafos, mas ainda sim é esteticamente muito superior; arrisco, quase perfeito.
É o primeiro de muitos que lerei dela, a partir de agora. Vou correr atrás do prejuízo.… (altro)