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Opere di Ricardo Charters d'Azevedo

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Muito embora se centre na Villa Portela e no Eng. Roberto Charters Henriques d'Azevedo, neste livro sobre os Charters d'Azevedo tratamos várias outras importantes famílias da região de Leiria. Podemos mesmo afirmar que cerca de um terço dos 40 maiores contribuintes do Concelho de Leiria em meados do século XIX são aqui biografados com maior ou menor profundidade. Tal facto prova até que ponto a elite da região era pouco numerosa e, naturalmente, procurou associar-se entre si por razões económicas e sociais, embora não se possa descartar também o factor da convivência, que terá despertado diversos namoros e posteriores enlaces.
É, pois, inegável a importância que esta família teve na sociedade de Leiria do Romantismo. A história dos Charters d'Azevedo em Leiria confunde-se com a própria história da cidade dessa época.
Os autores
Ana Margarida Portela e Francisco Queiroz são historiadores de arte e autores de numerosos
estudos, em especial sobre a História da Arquitectura do Século XIX e sobre a sociedade do
Romantismo, incluindo-se alguns trabalhos centrados na cidade de Leiria.
Ricardo Charters d’Azevedo, engenheiro electrotécnico (IST), alto funcionário do Ministério da
Educação e da Comissão Europeia (da qual foi representante em Portugal), dedicou-se a compilar os
percursos biográficos dos elementos da sua família, o que permitiu a elaboração deste trabalho.
Este livro, editado pela Gradiva, é composto por um tomo encadernado em capa dura (formato
21x29,7, vulgo A4), com 358 páginas integralmente a cores, incluindo cerca de 450 ilustrações
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Segnalato
Charters | Nov 3, 2009 |
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“As destruições provocadas pelas Invasões Francesas em Leiria”

Este livro apresenta bastantes novidades sobre as destruições provocadas pelas “invasões francesas” no património edificado de Leiria, da natural responsabilidade dos exércitos franceses, ingleses, espanhóis e portugueses que por esta cidade passavam ou aí aboletavam.
No final da Guerra Peninsular, quando os exércitos franceses abandonaram Leiria, em Março de 1911, deixaram-na destruída. Praticamente todas as igrejas foram incendiadas e, muito particularmente, o Paço Episcopal na cerca do castelo (onde hoje está sediada a PSP) e a sacristia da Sé, como se pode verificar num desenho da época, que faz capa ao livro, onde se vê que estes edifícios estão destelhados.

Durante anos não se soube exactamente qual o nível exacto desta destruição, mas com este livro tal se consegue apresentar, pois o autor teve acesso à situação, rua a rua, casa a casa da cidade, o que ficou de pé e habitável ou destruído, queimado ou arrasado, a partir da saída do exército francês comandado por Massena, em Março de 1811.
Apresenta-se ainda a lista dos proprietários de cada casa em Leiria, em 1820, e o valor da dízima paga por eles, pelo que se pode ver que nesses 9 anos houve algumas melhorias, assim como se fica a conhecer a interessante toponímia de Leiria no primeiro quartel do século XIX.

O livro apresenta igualmente, de forma resumida, o resultado da distribuição das cem mil libras, que foi o “donativo votado pelo Parlamento do Reino Unido da Grã-Bretanha, e Irlanda pelo socorro das terras de Portugal devastadas pelo inimigo em 1810”.

Sobre este tema – as invasões francesas em Leiria – o autor co-publicou recentemente um livro com o título “Villa Portela – os Charters d’Azevedo em Leiria e as suas relações familiares (séc. XIX)”, (Gradiva, 2007), onde o Iº Capítulo trata exclusivamente o tema. O interesse do autor sobre este tema é explicado pelo facto de um oficial inglês, William Charters, ser o seu tetravô, e ter vindo para Portugal para combater as tropas Napoleónicas, no quadro dos acordos que o governo português da altura celebrou com o governo inglês, e por cá se tenha casado e fixado.
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Segnalato
Charters | Nov 3, 2009 |
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A biografia de D. Frei Patrício da Silva - um Cardeal leiriense, Patriarca de Lisboa

Está finalmente disponível para o grande público a biografia de uma figura de leiriense ilustre praticamente desconhecida das gerações actuais. Trata-se do Cardeal Patriarca D. Frei Patrício da Silva, da Ordem de Santo Agostinho, nascido a 15 de Setembro de 1756 nos Pinheiros (Marrazes), e falecido a 3 de Janeiro de 1840, em Lisboa, com 83 anos.

Sua origem e seus familiares

É responsável por esta biografia o Eng. Ricardo Charters d’Azevedo, também ele um ilustre descendente de leirienses, com fortes ligações familiares e bens na cidade de Leiria e região envolvente. D. Patrício é seu 6º tio-avô.
E um parente de grande peso no seu tempo, apesar das vicissitudes por que passou o país na primeira metade do século XIX, das invasões francesas às guerras liberais.
Na Oração Fúnebre ao insigne Prelado, proferida por João António Pereira, Prior de S. Nicolau da Vila de Santarém, por ocasião das exéquias celebradas no dia 4 de Fevereiro de 1840 na Paroquial Igreja do Salvador daquela vila, disse-se, alto e bom som, que «Dom Fr. Patrício da Silva (…) foi outrora Eremita Calçado de Santo Agostinho, Doutor na Sagrada Teologia, Mestre na sua Ordem, Pregador Régio, Director dos Estudos e Professor de Teologia Dogmática no Seminário Patriarcal, Director dos Estudos nos Gerais de S. Vicente de Fora, Membro da Junta do Melhoramento, Lente da Faculdade Teológica na Universidade de Coimbra, Grão Cruz da Ordem de Cristo, Ministro, Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça, Regedor das Justiças da Casa de Suplicação, Membro da Regência do Reino (por morte do Imperador e Rei), Par do Reino e Vice-presidente da Câmara dos Pares, Bispo de Castelo Branco, Arcebispo de Évora, Cardeal da Santa Igreja Romana, Patriarca da Santa Igreja de Lisboa, Literato ilustre, Orador eloquente, Homem de Deus, dos Rei e da Grei!...»
Sem rebuço, um leiriense!
Patrício da Silva nasceu efectivamente no Camarnal, Pinheiros, então freguesia do Arrabalde da Ponte, hoje Marrazes. Seus pais eram Jacinto da Fonseca e Silva e Maria Inácia (ou Teresa Inácia) de Sousa. Tinha mais seis irmãos.
Não seriam uma família nobre ou abastada, mas viveriam desafogados, pelo menos pelo lado da sua mãe, pois mandar estudar um filho para Coimbra custava muito dinheiro, e também deveria haver posses bastantes para constituir o dote que permitisse que seu irmão Joaquim integrasse o Seminário e para que o outro irmão Joaquim Nicolau se casasse bem.

Sua formação

Depois dos estudos básicos, Patrício da Silva professou no Convento de Santo Agostinho de Leiria, tendo sido ordenado presbítero em 21 de Dezembro de 1780, com 24 anos. Reconhecidos os seus invulgares dotes, foi depois enviado para a Universidade de Coimbra, onde completou a formação teológica de forma brilhante. Concluída a formatura teológica, fez o seu doutoramento solene na Universidade de Coimbra a 31 de Julho de 1785, com 28 anos, ascendendo logo a lente da mesma Faculdade.
Mais tarde foi escolhido para Reitor do Colégio da sua Ordem dos Eremitas Descalços de Santo Agostinho, em Coimbra e em Lisboa, e, indigitado para Pregador Régio, esteve ligado à Casa do Infantado e foi Capelão da Capela Real no Palácio da Bemposta. Foi igualmente Censor Eclesiástico do Patriarcado, Sócio da Academia Real das Ciências e professor de Teologia no Seminário de Santarém. Foi escolhido para deputado da Junta dos Melhoramentos das Ordens Religiosas e Inspector dos Estudos do Patriarcado de Lisboa.

A sua ascensão na hierarquia eclesiástica

Segundo Charters d’Azevedo, «foi rápida a sua subida na hierarquia eclesiástica e civil, pois, em 13 de Maio de 1818, recebeu a nomeação de bispo para a diocese de Castelo Branco, lugar de que não chegou a tomar posse por ter vagado a arquidiocese de Évora, para onde foi escolhido em 3 de Maio de 1819. O Papa confirmou-o a 21 de Fevereiro de 1820. A sagração ocorreu na igreja de Nossa Senhora da Graça, de Lisboa, a 30 de Abril de 1820».
No Consistório de 27 de Setembro de 1824, o Papa Leão XII agraciou o Arcebispo de Évora com a púrpura cardinalícia ou presbiterial, com beneplácito do Rei D. João VI. Foi nessa altura nomeado membro do Sacro Colégio. Passamos a ter o arcebispo de Évora elevado a Cardeal!
Após morte do então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Carlos da Cunha e Meneses, a 14 de Dezembro de 1825, o Cardeal Arcebispo D. Frei Patrício da Silva foi nomeado para o Patriarcado de Lisboa, a 24 de Dezembro de 1825 e teve a nomeação real a 2 de Janeiro de 1826. Contudo, era ainda Arcebispo de Évora quando, em Março de 1826, faleceu o Rei D. João VI, ficando um Conselho de Regência a governar o reino sob a presidência da Infanta D. Isabel Maria, e do qual fazia parte D. Patrício da Silva.

O seu envolvimento político

O Marquês de Fronteira e d’Alorna, relata que o Cardeal «nunca simpatizou com D. Miguel, mas tinha cometido um grande crime, aos olhos dos exaltados liberais, não abandonando a sua diocese, e, por isso, lhe faziam sentir, nesta ocasião, todos os patriotas que estavam nas salas do Duque [de Palmela], o pouco que simpatizavam com ele. O respeito, porem, com que os Duques o tratavam, e todos nós que não éramos suspeitos, impôs silêncio aos exaltados patriotas, e desarmou-os completamente o convite que o Duque de Palmela fez a Sua Eminência para celebrar o Te-Deum na ocasião da chegada do Imperador.»
Como é sabido, com o advento do liberalismo deu-se o corte das relações diplomáticas com a Santa Sé e a extinção das ordens religiosas, o que provocou uma verdadeira revolução na vida do país. «Durante o reinado de D. Miguel, quando se tratou de reatar as relações do Estado com a Santa Sé e o clero nacional, teve iniludível interesse a intervenção prestigiosa do D. Frei Patrício da Silva. É sabido que as dioceses do Reino estiveram, de 1833 a 1839, quase todas, por ausência ou vacância, destituídas dos seus legítimos pastores. Mais se evidencia, assim, dentro do período tradicionalista, o arreigado espírito de patriota insigne de D. Frei Patrício da Silva, por haver sido quase que o único prelado que se manteve integrado nas suas funções, conseguindo habilmente harmonizar o espiritual com o temporal.»
Clérigo ilustre e conceituado, autor de várias publicações e pastorais, o leiriense D. Frei Patrício da Silva, como escreveu o Prior João António Pereira, «à proporção que foi crescendo dum berço humilde para um Trono de Púrpura, aproveitou ocasiões de se votar ao serviço da Nação, trabalhando desvelado nos seus melhoramentos, e, por fim, salvando-a da perdição temporal e da perdição eterna!... Curavit…»
Um exemplo de um Leiriense, de um Homem, que vale a pena conhecer, pela sua inteligência, saber e diplomacia.
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Segnalato
Charters | Nov 3, 2009 |

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